Um marco importantíssimo para a educação do município de Senhor do Bonfim-Bahia começa a surgir. Pela primeira vez os dirigentes das Unidades Escolares Municipais serão eleitos e não indicados politicamente, isso se deve ao fato de em busca de uma gestão democrática e participativa o governo local prima pela execução de seu slogan “O povo em primeiro lugar” e faz desse povo eleitor. Alunos, pais, professores e funcionários terão a oportunidade de escolherem de forma livre os dirigentes das escolas, através de suas propostas e de seus compromissos para as escolas em que se candidatarem.
É um grande avanço, diria um bom começo para as atuais mudanças que são tão necessárias acontecerem.
Com a atuação desses profissionais o processo de aprendizagens dos alunos e a organização dos espaços escolares serão melhores dinamizados, pois acredita-se que não sendo cargos políticos partidários as ações ao qual as Unidades Escolares estão submetidas, deverão ser executadas com maiores oportunidades de sucesso.
Queridos alunos, pais, professores e funcionários, faça valer sua atuação na escola, participe ! Vote !
terça-feira, 18 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
SEMINARIO INTERMUNICIPAL DE EDUCADORES E EDUCADORAS DO SEMI-ÁRIDO
O IRPAA- INSTITUTO REGIONAL DA PEQUENA AGROPECUÁRIA APROPRIADA, realizou entre os dias 12 e 14 /11/08 o Seminário Intermunicipal de Educadores e Educadoras do Semi-árido, encontro que reuniu educadores dos Estados da Bahia, Piauí e Pernambuco, com os objetivos de refletir sobre os avanços e desafios da proposta de Educação para a Convivência com o semi-árido, de promover o intercambio de práticas docentes e também discutir sobre as Políticas Públicas de Educação para o Campo e para a Convivência com o Semi-árido.
O Seminário aconteceu na Roça do IRPAA- laboratório de aprendizagens e a programação constou com algumas palestras de pessoas altamente capacitadas para o discurso.
Formadores como: Josemar Martins – Pinzoh, Luciana Nóbrega, Adelson Dias Oliveira, Rosangela Castro e Angelita Nunes.
Alguns municípios apresentaram experiências exitosas que fizeram do Seminário um espaço de socialização e aprimoramento. Experiências como a Horta Orgânica Pedagógica da cidade de Rodela-BA, o Projeto Educar Para Viver da cidade de Rajada-PE,
O Baú de Leitura da cidade de Uauá-BA, Projeto Escola Viva da cidade de Juazeiro-BA.
Ainda fazendo parte da programação foi tratado do tema A Educação de Jovens e Adultos no Contexto do Semi-árido, onde a Palestrante Angelita Nunes de Juazeiro-BA, apresentou o tema com bastante propriedade. Senhor do Bonfim-BA também tratou do tema O Currículo para EJA, com o professor José Carlos Reis Feitosa (construtor desse blog).
Tambem no evento foi feito o lançamento do livro Horta Orgânica Pedagógica no Semi-árido, produzido pelo IRPAA.
Toda equipe de Coordenação do evento está de parabéns, pois merecidamente podemos afirmar que tudo foi dinâmico e prazeroso. Uma iniciativa que todos os municípios deveriam abraçar, pois é em cima das discussões e socializações das experiências vivenciadas por quem de fato faz educação que se consodaliza uma práxis verdadeiramente efetiva.
Parabéns !
O Seminário aconteceu na Roça do IRPAA- laboratório de aprendizagens e a programação constou com algumas palestras de pessoas altamente capacitadas para o discurso.
Formadores como: Josemar Martins – Pinzoh, Luciana Nóbrega, Adelson Dias Oliveira, Rosangela Castro e Angelita Nunes.
Alguns municípios apresentaram experiências exitosas que fizeram do Seminário um espaço de socialização e aprimoramento. Experiências como a Horta Orgânica Pedagógica da cidade de Rodela-BA, o Projeto Educar Para Viver da cidade de Rajada-PE,
O Baú de Leitura da cidade de Uauá-BA, Projeto Escola Viva da cidade de Juazeiro-BA.
Ainda fazendo parte da programação foi tratado do tema A Educação de Jovens e Adultos no Contexto do Semi-árido, onde a Palestrante Angelita Nunes de Juazeiro-BA, apresentou o tema com bastante propriedade. Senhor do Bonfim-BA também tratou do tema O Currículo para EJA, com o professor José Carlos Reis Feitosa (construtor desse blog).
Tambem no evento foi feito o lançamento do livro Horta Orgânica Pedagógica no Semi-árido, produzido pelo IRPAA.
Toda equipe de Coordenação do evento está de parabéns, pois merecidamente podemos afirmar que tudo foi dinâmico e prazeroso. Uma iniciativa que todos os municípios deveriam abraçar, pois é em cima das discussões e socializações das experiências vivenciadas por quem de fato faz educação que se consodaliza uma práxis verdadeiramente efetiva.
Parabéns !
sábado, 15 de novembro de 2008
O aluno de um curso presencial e o aluno de um curso a distância
A educação não é feita apenas por alunos. Existe um conjunto de elementos que colaboram para que o ensino e a aprendizagem aconteçam. São elementos inseparáveis e necessários.
Dizer que um aluno pode aprender sozinho eu diria algo impossível, mas que ele pode direcionar sua aprendizagem sozinho isso sim. Então o que seria esse direcionar sua aprendizagem? Em que constitui esse pensamento? Acredito que se não formos senhores de nossos objetivos jamais conseguiremos o que realmente almejamos.
Na Educação, ser senhor dos nossos objetivos é buscar com nossos próprios pés os caminhos para aprender, para construir um aprendizado e (re)formular nossas conjecturas. Isso tem um enfoque mais acentuado quando se fala de educação à distância, pois estar sem contato físico, ter somente o virtual com colegas e professores nos faz sentir um tanto quanto autor de nossa aprendizagem.
O aluno de um curso presencial tem a oportunidade de convívio com o professor que por sua vez é confundido como o centro da aprendizagem, pois se exige desse professor domínio, metodologia e didática para o repassar dos conteúdos, posicionamentos que também aos poucos esta sendo reformulado. Hoje já se busca o professor intermediador ou mediador ( um avanço ).
Por ter esse profissional a sua disposição espera-se muito por ele e o aluno fica na passividade de ser dirigido pela vontade desse profissional.
Já o aluno do curso a distancia é bem diferente. Ele é responsável por sua aprendizagem, deve ser autônomo para dinamizar seu processo de aprendizagem. Exige-se dele autonomia, mas também responsabilidade, ou seja, muita disciplina.
Não é todos que possui o perfil para estudar a distância. É preciso ter consciência de sua responsabilidade e assim ser senhor de sua aprendizagem. Assumindo o papel de colaborador da construção do conhecimentos dos colegas de turma, ser um aluno que analisa criticamente mas que também aceita as críticas dos outros, que cumpre com as datas estipuladas para o envio de atividades, que disponibiliza em seu planejamento tempo suficiente para o exercício de seus estudos e que sobretudo coloque como prioridade a aprendizagem no curso que pretende fazer.
Em fim, na educação à distância o ensino e centrado no aluno ao contrário da educação tradicional onde o ensino e centrado no professor.
Dizer que um aluno pode aprender sozinho eu diria algo impossível, mas que ele pode direcionar sua aprendizagem sozinho isso sim. Então o que seria esse direcionar sua aprendizagem? Em que constitui esse pensamento? Acredito que se não formos senhores de nossos objetivos jamais conseguiremos o que realmente almejamos.
Na Educação, ser senhor dos nossos objetivos é buscar com nossos próprios pés os caminhos para aprender, para construir um aprendizado e (re)formular nossas conjecturas. Isso tem um enfoque mais acentuado quando se fala de educação à distância, pois estar sem contato físico, ter somente o virtual com colegas e professores nos faz sentir um tanto quanto autor de nossa aprendizagem.
O aluno de um curso presencial tem a oportunidade de convívio com o professor que por sua vez é confundido como o centro da aprendizagem, pois se exige desse professor domínio, metodologia e didática para o repassar dos conteúdos, posicionamentos que também aos poucos esta sendo reformulado. Hoje já se busca o professor intermediador ou mediador ( um avanço ).
Por ter esse profissional a sua disposição espera-se muito por ele e o aluno fica na passividade de ser dirigido pela vontade desse profissional.
Já o aluno do curso a distancia é bem diferente. Ele é responsável por sua aprendizagem, deve ser autônomo para dinamizar seu processo de aprendizagem. Exige-se dele autonomia, mas também responsabilidade, ou seja, muita disciplina.
Não é todos que possui o perfil para estudar a distância. É preciso ter consciência de sua responsabilidade e assim ser senhor de sua aprendizagem. Assumindo o papel de colaborador da construção do conhecimentos dos colegas de turma, ser um aluno que analisa criticamente mas que também aceita as críticas dos outros, que cumpre com as datas estipuladas para o envio de atividades, que disponibiliza em seu planejamento tempo suficiente para o exercício de seus estudos e que sobretudo coloque como prioridade a aprendizagem no curso que pretende fazer.
Em fim, na educação à distância o ensino e centrado no aluno ao contrário da educação tradicional onde o ensino e centrado no professor.
Informes sobre a Escola Ativa na Bahia e no Brasil
A Escola Ativa está passando por um momento impar em toda sua História, O MEC esta reformulando o projeto que agora passa ser um Programa da Educação do Campo, onde algumas estratégias poderão ser reformuladas e o Programa ser expandido para todo o interior desse pais.Alguns encontros aconteceram em todo pais desde março deste ano e o ultimo aconteceu dias 03 e 04 em Salvador com a participação de alguns Estados como Espirito Santo, Alagoas, Sergipe e a Bahia que foi a anfitreã, coordenado pela UFPA - Univerdidae Federal do Parana. Lá foram discutido a atual situação em que se encontra a E.A. com os objetivos:- Aprofundar qualitativamente o processo de mapeamento da experiência do Programa Escola Ativa;- Refletir sobre a prática pedagógica em classes multisseriadas e suas múltiplas possibilidades;- Debater o Programa Escola Ativa na perspectiva da Política de Educação do Campo.Desse encontro apontamos algumas propostas:A ESCOLA ATIVA QUE QUEREMOS:• Reformulação dos guias;• Que as políticas públicas nacionais sejam respeitadas nos municípios;• Aquisição de material apropriado ( mobiliário e material específico);• Verbas destinadas especificamente ao projeto;• Capacitação para professores para trabalharem com a Inclusão;• Informatização nas escolas ( recursos tecnológico);• Melhores condições de trabalho para o professor;• Aquisição de material para Inclusão;• Implementação do Projeto no Conselho Municipal;• Acompanhamento dos recursos destinados as Escolas do Campo;• Apoio psicopedagógico;• Criação de um Departamento nas Secretarias de Educação do Campo;• Maior participação dos professores em Congressos, Seminários ou Encontros Estaduais.Foi assim nosso encontro...Maravilhoso !! Parabens a toda equipe organizadora e aos palestrantes...
Curso AEE - Atendimento Educacional Especializado
Vivemos um momento de profundas transformações na concepção e nas práticas educacionais. Um novo paradigma se afirma permitindo superar os preconceitos que fizeram perpetuar políticas segregacionistas e diversas formas de exclusão educacional e social das pessoas com deficiência.Este contexto histórico nos coloca diante do desafio de sermos protagonistas das mudanças, ou seja, de alterar profundamente a lógica que sustenta os processos de ensinar e de aprender, tornando a escola um espaço de pertencimento e aprendizagem para todos os alunos indistintamente.O Curso de Formação para o Atendimento Educacional Especializado ofertado pela Universidade Federal do Ceará, apoiado pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação Especial e pela Secretaria de Educação a Distância, tem como objetivo subsidiar os sistemas de ensino para a implementação da política de educação inclusiva.Desenvolvido em parceria com os municípios-pólo do programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, o curso de aperfeiçoamento envolve 1.430 educadores que terão a oportunidade de ressignificar conceitos e metodologias, promovendo uma educação onde todos são reconhecidos como sujeitos do processo de construção do conhecimento.
Para Campo Formoso foram designadas 3 vagas onde destas foram destribuidas da seguinte forma: (seguindo orientação da tutoria regional em Juazeiro-Ba)
dois professores e um técnico da Secretaria de Educação.
Que bom que aos poucos nosso Município está participando mais e mais da Política de Inclusão Escolar!
Curriculo para EJA
O conceito de currículo vai alem de muitas formulações de pensamentos, pois na prática muitos especialistas apresentam definições próprias. Quando nos deparamos com a logística de um currículo específico pra Educação de Jovens e Adultos, a definição se amplia mais ainda, haja vista a especificidade dessa modalidade de ensino.Os jovens e adultos tem por si só características que os diferencia em suas essências, o limite das fases de vida, das culturas adquiridas e do comportamento social são diversificados nessas duas etapas e querer tratá-los de forma homogênea com uma proposta única pode não tornar eficiente o objetivo do ensino. Entretanto percebe-se que os conhecimentos se entrelaçam e se comunga em um mesmo tempo e em um mesmo espaço, daí a necessidade de repensar a prática educativa voltada a essas duas fases da vida “jovens e adultos” em um único contexto, ou seja, o que realmente precisa ser aprendido. O respeito a essa diferenciação no âmbito da sala de aula vai exigir do profissional a atitude de dar enfoque na linguagem e nos procedimentos apropriadas a casa especificidade.Partindo dessa idéia no currículo voltado ao atendimento de jovens e adultos é preciso também respeitar quem é esse jovem e esse adulto. Na EJA percebemos a presença de jovens divididos sobre basicamente duas modalidades: alguns muitas das vezes trabalhadores já sendo pais de família ou colaboradores nas despesas da família, outros representantes de um grupo que a escola não aceita mais durante o dia pela questão da indisciplina e que acreditam ser durante a noite que eles terão melhores chances de desenvolverem suas aprendizagens. Já os adultos em sua maioria pais de família que trabalham durante todo o dia e que também tem seus afazeres domésticos para dar conta, buscam recuperar o tempo perdido de estudos e melhorar sua qualidade de vida. Diante dessas duas fazes que se encontram muitas das vezes no mesmo ambiente pensa-se numa proposta curricular que venha de encontro a essa especificidades sem favorecer nem desmerecer qualquer lado.É importante também pensar no profissional que atua nessa modalidade, ou seja o professor que recebe esses alunos para ajuda-lo também tem suas características quase sempre diferenciadas do profissional que atua durante o diurno, geralmente é um profissional que trabalha durante o dia e a noite, pois sua profissão exige dele desdobramento de turnos para garantir o padrão mínimo de qualidade de vida, muitas das vezes necessário ao aprimoramento da própria profissão, ficando assim com suas condições psicológicas, motoras, cognitivas e sociais prejudicadas.Portanto para um currículo de Eja que respeite essas diferenças e especificidades poderemos pensar em algo que tenha os seguintes parâmetros:a) Reflexão continua de que o currículo deve ser sempre o centro do debate educacional;b) Os conteúdos escolares são tão importantes quanto no ensino regular, porem devem ser expostos e explorados de forma especificas, respeitando as especificidades de tempo, espaço e condições favoráveis de aprendizagem;c) Deve existir uma grade curricular que atenda não apenas a formação do cidadão (parte do pressuposto que Jovens e adultos já são cidadãos), más sobre tudo sua realização pessoal;d) Reflexão do conjunto de conhecimentos que devem ser trabalhados e sobre tudo ampliado;e) Respeito as experiências de aprendizagem que vão sendo vivenciadas no dia a dia desses alunos;f) Construção de conhecimentos e experiências permeadas por contradições, vinculadas ou não a processos históricos;g) Discussão, reformulação e ampliação, em diferentes dimensões, do que foi consignado no próprio político pedagógico da escola para essa modalidade;h) Conjunção das diferentes ações e revelações advindas do processo de reflexão elaboração execução e avaliação do projeto da escola;i) Respeito e aplicação da contextualização do espaço de vivencia dos alunos (sede, zona rural, semi-árido, ribeirinha, etc);j) Repensar o conceito e a prática do termo pedagogia, partido da diferenciação da tipologia usada. É preciso incorporar o conceito de andragogia (ensino para adultos), para dar o tratamento correto aos parâmetros da EJA. A andragogia vai exigir do profissional reflexões do tipo:Adultos são motivados a aprender na medida em que experimentam que suas necessidades e interesses são satisfeitos;A aprendizagem está centrada na vida; por isso os programas devem ser voltados para situações da vida e não da disciplina;Experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender, por isso, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das experiências;Os adultos têm necessidades de serem autodirigidos, por isto o papel do professor é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não apenas transmitir e avaliar;l) Outros conceitos também precisam ser explorados para que possamos dar conta de toda a importância docurrículo voltado a EJA, conceitos como ecopedagogia (o saber conviver), egopedagogia (o saber ser) e a intelectopedagogia (O saber conhecer e o saber fazer);m) Quanto a organização em Estágios, fica nítido ai o pensamento de ciclos de aprendizagem, entretanto ao analisar o contexto do jovem e adulto percebe-se que os ciclos ou mesmo seriação não atinge totalmente a razão do ser adulto em busca do conhecimento, pois pelo conhecimento prévio de mundo e de vida percebemos que esses alunos já passaram por várias ou ate todas as fases de desenvolvimento psicológico e motor, daí a reflexão de que o currículo da EJA deva contemplar um único período, ou seja um intervalo sem fim, onde inicia-se pelo processo de alfabetização mas que se estende por todos os anos num processo de letramento e evolução, mas nunca construção ou aquisição do conhecimento.Deve ser uma prática sustentada pela reflexão enquanto práxis. Não simplesmente um plano que é preciso cumprir, alem do mais é preciso também que haja uma interação e atenção maior por parte dos gestores no atendimento aos alunos jovens e adultos que geralmente estudam no noturno, pois quase sempre ficam a mercê de uma escola sem direção, merenda, iluminação, atividade recreativas, etc.Currículo como diz César Coll “ É um elo entre a declaração de princípios gerais e sua tradução operacional, entre a teoria educacional e a prática pedagógica, entre o planejamento e a ação, entre o que é prescrito e o que realmente sucede nas salas de aula ”. Então é preciso ver a legislação e o que estão sendo feito na prática para assim sistematizar ações que venham de encontro ao desenvolvimento da aprendizagem e satisfação de todos os envolvidos na Educação de Jovens e adultos.José Carlos Reis Feitosa – Professor EJA – Colégio Cândido Felix Martins – Sr. Do Bonfim-BaEmail: reisfeitosa@hotmail.com
Memorial de Gestão da Coordenação do Ensino Fundamental de Campo Formoso 2006/2008
O presente relatório se destina a apresentar de forma ampla, todas as atividades realizadas no triênio de 2006 a 2008 do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação do Município de Campo Formoso - Bahia, na coordenação do Professor José Carlos Reis Feitosa.Como chefia desse departamento, relato aqui as ações e atividades desenvolvidas e em desenvolvimento no esforço de apresentar a comunidade o que encontramos e o que conquistamos, desde janeiro de 2006 a outubro de 2008.Em primeiro um agradecimento pela oportunidade concedida, onde pudemos dentro das limitações contribuir com o papel de líder nessa missão árdua, mas também prazerosa do fazer educacional desse município, ao qual temos uma verdadeira estima. “não sou filho dessa terra por apenas não ser registrado neste cartório local, más sinto-me filho desse município pois aprendi a ama-lo e lutar por ideais de qualidade de vida, sobretudo percebendo que a educação é o caminho para se chegar a essa qualidade”, (grifo meu).Encontramos o município com uma estrutura educacional bastante precária, sem uma proposta pedagógica condizente com a realidade local, sem uma estrutura organizacional de funcionamento do serviço de coordenação pedagógica, sem um trabalho consistente de formação e acompanhamento do profissional que atua na coordenação pedagógica, sem um número ideal de coordenadores para a atuação em todas as regiões, sem um atendimento personalizado aos profissionais do magistério, sem uma democratização e uma participação do profissional no fazer educativo do município e sem uma infra-estrutura que garantisse o conforto e a boa receptividade das pessoas que procuravam a Secte.Muito foi feito durante a coordenação desse departamento, entretanto muito também poderia ainda ser feito se não fosse o tempo findado.Acreditamos que graças aos trabalhos desenvolvidos já percebemos nitidamente a evolução da educação municipal, haja visto o aumento do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), meta alcançada projetada para 2009 atingida em 2007. ( aumentou de 2,3 em 2005 para 2,9 em 2007).Fica aqui a exposição das ações e atividades desenvolvidas pelo Departamento de Ensino Fundamental, as quais seria interessante ser dado continuidade pelas futuras gestões:
1.Elaboração dos Calendários Letivos de 2006 a 2008 com apreciação junto ao Sindicato dos Profissionais em Educação do Município, fazendo com que não fosse algo imposto por essa Secte.Encontramos a prática de apenas a apresentação do calendário pronto e acabado para a comunidade escolar. Nessa gestão tomamos a iniciativa de antes da divulgação apresentar ao Sindicato dos Profissionais do Magistério para uma apreciação, só depois é que esses calendários eram apresentados à comunidade, fazendo assim prevalecer a democratização na adequação das datas e períodos de atividades letivas para cada ano letivo;
2.Organização e participação no I Fórum Municipal de Educação de Campo Formoso (Janeiro de 2006), onde se discutia as Políticas Públicas de Educação e as propostas para a nova Gestão Educacional que hora se implantava.Nunca nesse município houve um encontro de educadores onde estes pudessem dar suas opiniões e serem ouvidos na organização da educação local. O objetivo foi justamente envolver os diversos profissionais e a sociedade civil na construção das propostas de políticas públicas voltadas a educação municipal;
3.Organização e participação das três Jornadas Pedagógicas Municipais, sendo destaque na região, onde foram discutidos temas como: A humanização dos saberes, A educação e as pessoas no século XXI e Os desafios para uma prática educativa voltada ao Semi-árido.As três jornadas realizadas aconteceram de forma organizada, conforme avaliações dos participantes, onde foram apresentados palestrantes de 1ª qualidade, cursos e oficinas temáticas de interesse de todos e toda infra-estrutura necessária ao bom êxito da programação;
4.Incorporação dos três temas das jornadas em toda contextualização educacional nos três anos letivos.As diversas jornadas que a Secte realizou, apresentaram sempre temas atuais e necessários para serem aprofundados nas diversas atividades letivas desenvolvidas a cada ano.Partimos da reflexão sobre a humanização dos saberes e consequentemente das pessoas, com isso propomos mudanças de comportamentos, atitudes, posturas, etc. Não só nas questões que envolviam o pedagógico, mas sobre tudo nas pessoas que atuam com o pedagógico, alunos, professores, diretores, família,etc.Para a segunda Jornada, apresentamos o tema A educação e as pessoas no século XXI, cujo propósito era justamente observarmos o que tínhamos e o que queríamos para nossa educação em termos de atualidade e modernidade, dentro de nossas possibilidades. Foi ai que verificamos a necessidade de reformulação do Regimento único de funcionamento das Unidades Escolares que se baseava em um modelo de outra região e na necessidade da construção dos PPPs de cada unidade escolar.Já na terceira jornada apresentamos o tema Os desafios para uma prática educativa voltada ao Semi-árido, tema este explorado com toda intensidade durante o ano letivo, pois também fazia parte das atividades para a obtenção da aprovação do Selo UNICEF para o município. Verificamos através da exploração desse tema que se fez jus um direcionamento da questão da convivência com o Semi-árido, do desenvolvimento sustentável e principalmente da percepção de que nosso município é basicamente rural e que as políticas de Educação do Campo, precisam mais do que nunca ser introduzidas em nossa prática e em nossa proposta pedagógica municipal;
5.Formação continuada de professores das primeiras series iniciais através do Programa Pró-letramento de Língua Portuguesa e de Matemática no ano de 2006 ( 160 professores cursistas).Tivemos a oportunidade de capacitar 160 professores que atuavam nas primeiras series do Ensino Fundamental, sendo que 80 freqüentavam o curso de Língua Portuguesa e 80 o curso de Matemática. Foi uma iniciativa de formação continuada com carga horária de 120 horas que aconteceu durante o período de maio a dezembro de 2006;
6.Formação continuada de professores das primeiras series iniciais através do Programa Pró-letramento de Língua Portuguesa e de Matemática no ano de 2007 (revezamento para 160 professores cursistas).Aqui aconteceu o revezamento dos professores que participaram do Pró-letramento no ano de 2006 freqüentando o curso de Língua Portuguesa ou de Matemática e que agora estariam cursando a outra disciplina;
7.Atuação também como tutor nos dois anos de aplicação do Programa Pró-letramento de Matemática.Durante os dois anos foi assumido também a tutoria do curso Pró-letramento em Matemática no qual houve a formação de 160 professores que passaram a ver a matemática e o ensino desta disciplina com outros olhos, ampliando suas metodologias e suas didáticas;
8.Formação continuada de coordenadores, onde a cada semana estudavam-se temas condizentes com a prática pedagógica municipal e a organização do trabalho de coordenação pedagógica.Para essa atribuição logo no primeiro ano começamos a reunir os coordenadores uma vez por semana para estudos e reflexões do papel do coordenador e dos vários temas que envolviam a formação do gestor e do professor. Os conteúdos estudados tinham por a obrigatoriedade ser repassados para os professores em seus encontros com a coordenação, assim nosso município passou a sistematizar melhor o trabalho efetivo da coordenação, pois não havia trabalho nesse sentido;
9.Apoio e colaboração ao Projeto Escola Ativa no município, com o suporte de formador Estadual desse Projeto, durante os três anos.O Programa Escola Ativa no município já acontecia tendo uma coordenação especifica. Ampliamos o número de coordenação de um para dois profissionais e ainda teve mais um ganho considerável, logo no início do ano letivo de 2006 houve o convite da chefia desse departamento para atuar como professor formador Estadual da proposta metodológica desse Programa. Então o Programa nesse município passou a ter uma atenção privilegiada com as formações acontecendo sempre em primeira mão e as experiências exitosas foram expostas para várias cidades do Estado;
10.Elaboração e coordenação dos Projetos de desfiles cívicos do aniversário da cidade, sob os temas: A educação e a cultura desse povo formando um Campo cada vez mais Formoso e As Riquezas minerais de Campo Formoso.Para esses momentos contamos com a presença das escolas da sede mais também pela primeira vez, no primeiro desfile trouxemos os alunos do interior para que apresentassem suas culturas, seus costumes, suas riquezas. Para o segundo desfile foram exploradas através dos estudos e das pesquisas, toda nobreza de recursos minerais encontrados em nosso município e apresentado à população de forma rica e brilhante;
11.Elaboração e coordenação dos Projetos de desfile cívicos de 7 de setembro.Foram realizados dois desfiles cívicos onde nos propulsemos a reflexão da letra do Hino Nacional Brasileiro e os valores do patriotismo nacional;
12.Participação das atividades da Secretaria de Educação para aprovação do Selo UNICEF 2006 e 2008. Primeiramente na organização do mapeamento cultural do município onde foram construídas diversas monografias das comunidades de Campo Formoso e no desenvolvimento de Projetos de convivência com o Semi-árido, Cultura Quilombola, Participação da juventude no orçamento público municipal, etc;
13.Formação e Planejamento e execução do processo de Escolha do livro didático de forma democrática e participativa no município.Um grande avanço foi a atitude de fazer os professores participarem da escolha do livro didático, de forma democrática e participativa os livros foram avaliados pelos professores e coordenadores em todo o município, gerando uma escolha de materiais que vieram contemplar as reais necessidades de nossa educação;
14.Organização e coordenação do I Seminário para coordenadores municipais, ocorrido em 2007. Pela primeira vez também pensando na formação continuada especifica para coordenadores, foi organizado o I Seminário para coordenadores com o objetivo de apresentar reflexos sobre sua prática e sobre a importância dos PPPs e Regimentos para as diversas Unidades Escolares do município;
15.Participação nas atividades das Olimpíadas Intercolegiais do município durante os três anos.Foi dado apoio às duas Olimpíadas Intercolegiais no sentido da obtenção do sucesso nesta atividade;
16.Coordenação e participação do Curso Afro-Uneb em 2007, com 10 coordenadores cursistas onde se discutiu todo embasamento filosófico e legislativo das questões afro-decendente nos proporcionando uma compreensão muito mais ampla sobre o que já possuíamos. Com uma temática necessária de estudos, pudemos compreender que hoje mais do que nunca se faz necessário uma re-elaboração dos princípios que norteiam a educação contextualizada (anti-racista) que enfoque a questão da afra-descendência e a atuação da Lei 10639/03;
17.Incorporação nos Projetos Políticos Pedagógicos que estavam sendo construídos no município a aplicação da Lei 10639/03 em toda sua abrangência e necessidade;
18.Formação para os coordenadores pedagógicos específica sobre Projetos Políticos Pedagógicos.Durante o ano de 2007, foi oferecida nos encontros de coordenação uma grande maioria das informações necessárias à construção dos projetos políticos pedagógicos das Unidades Escolares Municipais;
19.Construção dos Projetos Políticos Pedagógicos em 100% das Unidades Escolares Municipais.Iniciativa tomada no ano de 2007, primeiramente com as formações e em seguida com o acompanhamento e monitoramento da escrita desses Projetos.É importante observar que a grande maioria das escolas municipais não tinha PPP e aquelas que afirmavam ter estavam seus projetos estavam absoletos já a vários anos;
20.Construção dos Regimentos Escolares por Unidade Escolar.Quando iniciamos a gestão, encontramos um Regimento único para todas as escolas municipais e ainda com evidencias de ser algo direcionado a outra localidade. Os coordenadores juntamente com os professores fizeram a análise deste documento e as intervenções e adaptações para cada Unidade Escolar ou região que abrangia um consorcio de pequenas escolas. Este documento compõe um dos anexos dos PPPs;
21.Participação na I e II Feira Baiana de Matemática com exposição de três projetos.Este departamento alem de incentivar a participação efetiva dos professores na I e II Feira Baiano de Matemática, onde apresentaram 13 projetos, também apresentou 3 projetos, obtendo premiações;
22.Elaboração e acompanhamento do Cronograma de viagens de coordenação pedagógica para o interior do município.Esse serviço era executado como um planejamento de um itinerário mensal para as visitas de coordenação pedagógica;
23.Formação dos gestores no LSE ( Levantamento Situacional Escolar ), sendo o LSE a primeira etapa das ações do PAR, firmado como compromisso por esse Município.Foi realizado um encontro com os gestores onde houve a explicação da necessidade desta ação e de todo processo de levantamento situacional das escolas municipais com a entrega do material necessário.A parte que cabia ao pedagógico foi realizada, ficando a de infra-estrutura para ser concluída que por motivos alheios ao nosso conhecimento não foi realizado;
24.Realização da 1ª parte do LSE pelos Gestores no que tangia a questão pedagógica municipal.Todos os gestores de Unidades Escolares diante das instruções realizaram o levantamento e ficaram no aguardo da finalização do trabalho;
25.Coordenação da Provinha Brasil em 2008.Foi realizada a execução da primeira etapa da Provinha Brasil, onde em seguida foi feito a analise do nível de alfabetização de nossos alunos, sistematizada e apresentada aos coordenadores;
26.Elaboração e execução do Projeto de Intervenção municipal para as primeiras séries do Ensino Fundamental “Projeto de Leitura e Escrita” que apresentaram médias abaixo do desejável.Como sugestão da Provinha Brasil o município desenvolveu o projeto, ficando para concluir com a aplicação da segunda etapa da Provinha Brasil;
27.Participação nos Projetos Municipais de comemoração ao dia das crianças nos dois primeiros anos consecutivos.A Secte em consonância com outras secretarias do município participou de forma integral dos dois eventos em comemoração ao dias das crianças, evento organizado pela prefeitura;
28.Organização e coordenação do I Seminário para Grêmios Escolares do Município.Uma iniciativa tomada pela Secte no sentido de estruturar a gestão escolar municipal, com os objetivos de sensibilizar e fortalecer os grêmios estudantis municipais e estimular os gremistas a manter sua prática cidadã, aperfeiçoando as ações dos grêmios nas unidades escolares e nas comunidades;
29.Construção da agenda 2008/2009 dos Grêmios Escolares.No I Seminário para Grêmios Escolares foi construída a agenda 2008/2009 com o objetivo de organizar uma pauta de atividades para melhor sistematizar as ações desenvolvidas pelos diversos grêmios;
30.Formação inicial para Inclusão do Ensino de 9 anos, programado para dar inicio em 2009.Iniciamos nossas reflexões desde inicio do ano de 2008 com o intuito de esclarecer todos os pontos pertinentes a incorporação do ensino de 9 anos no município;
31.Participação como professor cursista em Educação Especial – AEE (Atendimento Educacional Especializado).Foram oferecidas 3 vagas para o curso Atendimento Educacional Especializado, na modalidade EAD (Educação a Distância), sendo o pólo na cidade de Juazeiro. As vagas foram distribuías da seguinte forma: uma para um técnico da Secte e outros duas para professores que estavam em atuação.Dois colégios foram contemplados: o Colégio José Teléphoro e o Colégio Professora Maria do Carmo;
32.Estudos e aprofundamentos para construção da Proposta Pedagógica Municipal para Inclusão do Ensino de 9 anos;
33.Atendimento ao processo burocrático de documentação da vida escolar dos alunos do município;
34.Elaboração de slogans, logomarcas, timbres, etc, dos eventos da SECTE;
35.Reuniões nas Unidades Escolares da sede e interior para tratar de assuntos diversos, desde questões pedagógicas a questões da organização dos espaços escolares e da convivência nas casas dos professores (casas mantidas pela Secte);
36.Construção de portfólios dos coordenadores pedagógicos.Nesta ação encontra-se a longo dos três anos de gestão a organização dos diversos materiais desenvolvidos pelas atuais coordenações em forma de portfolio;Finalizamos esse relato consciente de que fizemos nossa parte e que busquemos na medida do possível ser o mais profissional, sempre acreditando que poderíamos ir longe em nossas ações enquanto educador, sonhávamos romper com as paredes das salas de aula em que atuávamos, tivemos essa oportunidade, abraçamos e fizemos o que tinha que ser feito, sabemos que fizemos a coisa certa, pois essa somatória de bons resultados acima elencados, nos coloca sobre a dignidade de reconhecer que tudo valeu a pena.Buscamos aprender, e sobre tudo a arte de ensinar, tarefa que já fazíamos muito e vamos continuar a fazer, acreditando no nosso sucesso, aprendizado e conhecimentos adquiridos.Fica aqui um pensamento de uma escritora chamada Mone Carmo que traduz em palavras o verdadeiro sentido do compromisso com a prática do nosso fazer educacional desenvolvido e por desenvolver:
1.Elaboração dos Calendários Letivos de 2006 a 2008 com apreciação junto ao Sindicato dos Profissionais em Educação do Município, fazendo com que não fosse algo imposto por essa Secte.Encontramos a prática de apenas a apresentação do calendário pronto e acabado para a comunidade escolar. Nessa gestão tomamos a iniciativa de antes da divulgação apresentar ao Sindicato dos Profissionais do Magistério para uma apreciação, só depois é que esses calendários eram apresentados à comunidade, fazendo assim prevalecer a democratização na adequação das datas e períodos de atividades letivas para cada ano letivo;
2.Organização e participação no I Fórum Municipal de Educação de Campo Formoso (Janeiro de 2006), onde se discutia as Políticas Públicas de Educação e as propostas para a nova Gestão Educacional que hora se implantava.Nunca nesse município houve um encontro de educadores onde estes pudessem dar suas opiniões e serem ouvidos na organização da educação local. O objetivo foi justamente envolver os diversos profissionais e a sociedade civil na construção das propostas de políticas públicas voltadas a educação municipal;
3.Organização e participação das três Jornadas Pedagógicas Municipais, sendo destaque na região, onde foram discutidos temas como: A humanização dos saberes, A educação e as pessoas no século XXI e Os desafios para uma prática educativa voltada ao Semi-árido.As três jornadas realizadas aconteceram de forma organizada, conforme avaliações dos participantes, onde foram apresentados palestrantes de 1ª qualidade, cursos e oficinas temáticas de interesse de todos e toda infra-estrutura necessária ao bom êxito da programação;
4.Incorporação dos três temas das jornadas em toda contextualização educacional nos três anos letivos.As diversas jornadas que a Secte realizou, apresentaram sempre temas atuais e necessários para serem aprofundados nas diversas atividades letivas desenvolvidas a cada ano.Partimos da reflexão sobre a humanização dos saberes e consequentemente das pessoas, com isso propomos mudanças de comportamentos, atitudes, posturas, etc. Não só nas questões que envolviam o pedagógico, mas sobre tudo nas pessoas que atuam com o pedagógico, alunos, professores, diretores, família,etc.Para a segunda Jornada, apresentamos o tema A educação e as pessoas no século XXI, cujo propósito era justamente observarmos o que tínhamos e o que queríamos para nossa educação em termos de atualidade e modernidade, dentro de nossas possibilidades. Foi ai que verificamos a necessidade de reformulação do Regimento único de funcionamento das Unidades Escolares que se baseava em um modelo de outra região e na necessidade da construção dos PPPs de cada unidade escolar.Já na terceira jornada apresentamos o tema Os desafios para uma prática educativa voltada ao Semi-árido, tema este explorado com toda intensidade durante o ano letivo, pois também fazia parte das atividades para a obtenção da aprovação do Selo UNICEF para o município. Verificamos através da exploração desse tema que se fez jus um direcionamento da questão da convivência com o Semi-árido, do desenvolvimento sustentável e principalmente da percepção de que nosso município é basicamente rural e que as políticas de Educação do Campo, precisam mais do que nunca ser introduzidas em nossa prática e em nossa proposta pedagógica municipal;
5.Formação continuada de professores das primeiras series iniciais através do Programa Pró-letramento de Língua Portuguesa e de Matemática no ano de 2006 ( 160 professores cursistas).Tivemos a oportunidade de capacitar 160 professores que atuavam nas primeiras series do Ensino Fundamental, sendo que 80 freqüentavam o curso de Língua Portuguesa e 80 o curso de Matemática. Foi uma iniciativa de formação continuada com carga horária de 120 horas que aconteceu durante o período de maio a dezembro de 2006;
6.Formação continuada de professores das primeiras series iniciais através do Programa Pró-letramento de Língua Portuguesa e de Matemática no ano de 2007 (revezamento para 160 professores cursistas).Aqui aconteceu o revezamento dos professores que participaram do Pró-letramento no ano de 2006 freqüentando o curso de Língua Portuguesa ou de Matemática e que agora estariam cursando a outra disciplina;
7.Atuação também como tutor nos dois anos de aplicação do Programa Pró-letramento de Matemática.Durante os dois anos foi assumido também a tutoria do curso Pró-letramento em Matemática no qual houve a formação de 160 professores que passaram a ver a matemática e o ensino desta disciplina com outros olhos, ampliando suas metodologias e suas didáticas;
8.Formação continuada de coordenadores, onde a cada semana estudavam-se temas condizentes com a prática pedagógica municipal e a organização do trabalho de coordenação pedagógica.Para essa atribuição logo no primeiro ano começamos a reunir os coordenadores uma vez por semana para estudos e reflexões do papel do coordenador e dos vários temas que envolviam a formação do gestor e do professor. Os conteúdos estudados tinham por a obrigatoriedade ser repassados para os professores em seus encontros com a coordenação, assim nosso município passou a sistematizar melhor o trabalho efetivo da coordenação, pois não havia trabalho nesse sentido;
9.Apoio e colaboração ao Projeto Escola Ativa no município, com o suporte de formador Estadual desse Projeto, durante os três anos.O Programa Escola Ativa no município já acontecia tendo uma coordenação especifica. Ampliamos o número de coordenação de um para dois profissionais e ainda teve mais um ganho considerável, logo no início do ano letivo de 2006 houve o convite da chefia desse departamento para atuar como professor formador Estadual da proposta metodológica desse Programa. Então o Programa nesse município passou a ter uma atenção privilegiada com as formações acontecendo sempre em primeira mão e as experiências exitosas foram expostas para várias cidades do Estado;
10.Elaboração e coordenação dos Projetos de desfiles cívicos do aniversário da cidade, sob os temas: A educação e a cultura desse povo formando um Campo cada vez mais Formoso e As Riquezas minerais de Campo Formoso.Para esses momentos contamos com a presença das escolas da sede mais também pela primeira vez, no primeiro desfile trouxemos os alunos do interior para que apresentassem suas culturas, seus costumes, suas riquezas. Para o segundo desfile foram exploradas através dos estudos e das pesquisas, toda nobreza de recursos minerais encontrados em nosso município e apresentado à população de forma rica e brilhante;
11.Elaboração e coordenação dos Projetos de desfile cívicos de 7 de setembro.Foram realizados dois desfiles cívicos onde nos propulsemos a reflexão da letra do Hino Nacional Brasileiro e os valores do patriotismo nacional;
12.Participação das atividades da Secretaria de Educação para aprovação do Selo UNICEF 2006 e 2008. Primeiramente na organização do mapeamento cultural do município onde foram construídas diversas monografias das comunidades de Campo Formoso e no desenvolvimento de Projetos de convivência com o Semi-árido, Cultura Quilombola, Participação da juventude no orçamento público municipal, etc;
13.Formação e Planejamento e execução do processo de Escolha do livro didático de forma democrática e participativa no município.Um grande avanço foi a atitude de fazer os professores participarem da escolha do livro didático, de forma democrática e participativa os livros foram avaliados pelos professores e coordenadores em todo o município, gerando uma escolha de materiais que vieram contemplar as reais necessidades de nossa educação;
14.Organização e coordenação do I Seminário para coordenadores municipais, ocorrido em 2007. Pela primeira vez também pensando na formação continuada especifica para coordenadores, foi organizado o I Seminário para coordenadores com o objetivo de apresentar reflexos sobre sua prática e sobre a importância dos PPPs e Regimentos para as diversas Unidades Escolares do município;
15.Participação nas atividades das Olimpíadas Intercolegiais do município durante os três anos.Foi dado apoio às duas Olimpíadas Intercolegiais no sentido da obtenção do sucesso nesta atividade;
16.Coordenação e participação do Curso Afro-Uneb em 2007, com 10 coordenadores cursistas onde se discutiu todo embasamento filosófico e legislativo das questões afro-decendente nos proporcionando uma compreensão muito mais ampla sobre o que já possuíamos. Com uma temática necessária de estudos, pudemos compreender que hoje mais do que nunca se faz necessário uma re-elaboração dos princípios que norteiam a educação contextualizada (anti-racista) que enfoque a questão da afra-descendência e a atuação da Lei 10639/03;
17.Incorporação nos Projetos Políticos Pedagógicos que estavam sendo construídos no município a aplicação da Lei 10639/03 em toda sua abrangência e necessidade;
18.Formação para os coordenadores pedagógicos específica sobre Projetos Políticos Pedagógicos.Durante o ano de 2007, foi oferecida nos encontros de coordenação uma grande maioria das informações necessárias à construção dos projetos políticos pedagógicos das Unidades Escolares Municipais;
19.Construção dos Projetos Políticos Pedagógicos em 100% das Unidades Escolares Municipais.Iniciativa tomada no ano de 2007, primeiramente com as formações e em seguida com o acompanhamento e monitoramento da escrita desses Projetos.É importante observar que a grande maioria das escolas municipais não tinha PPP e aquelas que afirmavam ter estavam seus projetos estavam absoletos já a vários anos;
20.Construção dos Regimentos Escolares por Unidade Escolar.Quando iniciamos a gestão, encontramos um Regimento único para todas as escolas municipais e ainda com evidencias de ser algo direcionado a outra localidade. Os coordenadores juntamente com os professores fizeram a análise deste documento e as intervenções e adaptações para cada Unidade Escolar ou região que abrangia um consorcio de pequenas escolas. Este documento compõe um dos anexos dos PPPs;
21.Participação na I e II Feira Baiana de Matemática com exposição de três projetos.Este departamento alem de incentivar a participação efetiva dos professores na I e II Feira Baiano de Matemática, onde apresentaram 13 projetos, também apresentou 3 projetos, obtendo premiações;
22.Elaboração e acompanhamento do Cronograma de viagens de coordenação pedagógica para o interior do município.Esse serviço era executado como um planejamento de um itinerário mensal para as visitas de coordenação pedagógica;
23.Formação dos gestores no LSE ( Levantamento Situacional Escolar ), sendo o LSE a primeira etapa das ações do PAR, firmado como compromisso por esse Município.Foi realizado um encontro com os gestores onde houve a explicação da necessidade desta ação e de todo processo de levantamento situacional das escolas municipais com a entrega do material necessário.A parte que cabia ao pedagógico foi realizada, ficando a de infra-estrutura para ser concluída que por motivos alheios ao nosso conhecimento não foi realizado;
24.Realização da 1ª parte do LSE pelos Gestores no que tangia a questão pedagógica municipal.Todos os gestores de Unidades Escolares diante das instruções realizaram o levantamento e ficaram no aguardo da finalização do trabalho;
25.Coordenação da Provinha Brasil em 2008.Foi realizada a execução da primeira etapa da Provinha Brasil, onde em seguida foi feito a analise do nível de alfabetização de nossos alunos, sistematizada e apresentada aos coordenadores;
26.Elaboração e execução do Projeto de Intervenção municipal para as primeiras séries do Ensino Fundamental “Projeto de Leitura e Escrita” que apresentaram médias abaixo do desejável.Como sugestão da Provinha Brasil o município desenvolveu o projeto, ficando para concluir com a aplicação da segunda etapa da Provinha Brasil;
27.Participação nos Projetos Municipais de comemoração ao dia das crianças nos dois primeiros anos consecutivos.A Secte em consonância com outras secretarias do município participou de forma integral dos dois eventos em comemoração ao dias das crianças, evento organizado pela prefeitura;
28.Organização e coordenação do I Seminário para Grêmios Escolares do Município.Uma iniciativa tomada pela Secte no sentido de estruturar a gestão escolar municipal, com os objetivos de sensibilizar e fortalecer os grêmios estudantis municipais e estimular os gremistas a manter sua prática cidadã, aperfeiçoando as ações dos grêmios nas unidades escolares e nas comunidades;
29.Construção da agenda 2008/2009 dos Grêmios Escolares.No I Seminário para Grêmios Escolares foi construída a agenda 2008/2009 com o objetivo de organizar uma pauta de atividades para melhor sistematizar as ações desenvolvidas pelos diversos grêmios;
30.Formação inicial para Inclusão do Ensino de 9 anos, programado para dar inicio em 2009.Iniciamos nossas reflexões desde inicio do ano de 2008 com o intuito de esclarecer todos os pontos pertinentes a incorporação do ensino de 9 anos no município;
31.Participação como professor cursista em Educação Especial – AEE (Atendimento Educacional Especializado).Foram oferecidas 3 vagas para o curso Atendimento Educacional Especializado, na modalidade EAD (Educação a Distância), sendo o pólo na cidade de Juazeiro. As vagas foram distribuías da seguinte forma: uma para um técnico da Secte e outros duas para professores que estavam em atuação.Dois colégios foram contemplados: o Colégio José Teléphoro e o Colégio Professora Maria do Carmo;
32.Estudos e aprofundamentos para construção da Proposta Pedagógica Municipal para Inclusão do Ensino de 9 anos;
33.Atendimento ao processo burocrático de documentação da vida escolar dos alunos do município;
34.Elaboração de slogans, logomarcas, timbres, etc, dos eventos da SECTE;
35.Reuniões nas Unidades Escolares da sede e interior para tratar de assuntos diversos, desde questões pedagógicas a questões da organização dos espaços escolares e da convivência nas casas dos professores (casas mantidas pela Secte);
36.Construção de portfólios dos coordenadores pedagógicos.Nesta ação encontra-se a longo dos três anos de gestão a organização dos diversos materiais desenvolvidos pelas atuais coordenações em forma de portfolio;Finalizamos esse relato consciente de que fizemos nossa parte e que busquemos na medida do possível ser o mais profissional, sempre acreditando que poderíamos ir longe em nossas ações enquanto educador, sonhávamos romper com as paredes das salas de aula em que atuávamos, tivemos essa oportunidade, abraçamos e fizemos o que tinha que ser feito, sabemos que fizemos a coisa certa, pois essa somatória de bons resultados acima elencados, nos coloca sobre a dignidade de reconhecer que tudo valeu a pena.Buscamos aprender, e sobre tudo a arte de ensinar, tarefa que já fazíamos muito e vamos continuar a fazer, acreditando no nosso sucesso, aprendizado e conhecimentos adquiridos.Fica aqui um pensamento de uma escritora chamada Mone Carmo que traduz em palavras o verdadeiro sentido do compromisso com a prática do nosso fazer educacional desenvolvido e por desenvolver:
Minha vida gira em torno de um propósito,
E tento buscar o caminho do sucesso
Levando comigo meu NETWORKING atualizado
Minha humildade de aprender,
Minha força em desenvolver novas habilidades
Ser o melhor no que faço
E nunca me conformar com a experiência adquirida
A fim de me tornar um gestor ultrapassado
Decadente e sem competência para novas oportunidades,
Tornar-me um profissional absoleto, jamais !
Obrigado a todos !
José Carlos Reis Feitosa - Ex. Chefe Departamento Ensino Fundamental
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